terça-feira, 14 de agosto de 2007

Roteiro Aula Inteligência Coletiva

1)Debate inicial

Discussão sobre relatório feito por Leonardo sobre a última aula.
Escolha do novo relator


2)Inteligência coletiva

- Ninguém sabe tudo. Todos sabem um pouco. O conhecimento está em todos os lugares.

- Se todos sabem um pouco, todos os seres humanos são importantes.

- A inteligência coletiva só passou a existir depois da internet. Antes ela existia em estado latente e não tinha como se concretizar por falta de redes de comunicação rápidas e universais.

- Ela é um sistema emergente porque ainda é pouco conhecida e estuda. Ela ainda não produziu os resultados esperados.

- Mas melhor do que falar sobre ela é tentar ver como ela funciona na prática:

a) formar grupos de dois ou três alunos;
b) um grupo fica a parte
c) entre os demais, cada grupo lê um texto e faz uma exposição oral de 10 minutos
d) o grupo separado prepara uma exposição sintetisando as outras apresentações.
e) Toda a sala discute a exposição síntese.

-Textos sugeridos
Inteligência Coletiva
Pierre Lévy

- No passado, os técnicos manejavam a informação e os operários as matérias primas. Os primeiros usavam a inteligência. Os segundos, os músculos. Isto porque a transformação das matérias primas exigia grandes quantidades de energia. Dar exemplo do aço para uma espada.

- Hoje a quantidade de energia diminuiu muito e está aumentando a participação do conhecimento, da inteligência coletiva. Porquê? Por falta de conhecimento, antes tínhamos que usar a força bruta para provocar mudanças de fora para dentro. Hoje, o conhecimento aumenta, e já sabemos como provocar mudanças atuando no interior das células e átomos. Biotecnologia e nanotecnologia.

- A força física e a energia são substituídas pela informação, que junto com o conhecimento forma o que chamamos de inteligência, ou seja, a capacidade de usar a informação segundo os conhecimentos.

- Antes da revolução tecnológica, a mão de obra era valorizada por sua qualidade física, sua capacidade de usar a força bruta para provocar mudanças. Na era digital, a mão de obra é valorizada pela sua inteligência individual e coletiva.

- Quais as características de um coletivo inteligente?
1)diversidade humana
2)valorização do conhecimento individual
3)circulação permanente de informação
4)produção coletiva de conhecimentos
5)abertura externa do coletiva inteligente
6)conhecimento contextualizado

- A inteligência coletiva pode ser também definida como uma soma de estupidez. Indivíduos pouco inteligentes agindo coletivamente podem gerar decisões altamente inteligentes.
Para que isto ocorra são necessárias quatro condições:
1)ausência de controle centralizado
2)autonomia das unidades de base
3)alta conectividade direta entre as unidades de base
4)rede de contatos entre lideres

- Exemplo 1: manifestação nas Filipinas contra do ditador Joseph Estrada em 2001, foi derrubado por um torpedo que circulou entre milhares de celulares de estudantes que se reuniram na principal avenida de Manila: a mensagem dizia GO2EDSA WEAR BLCK. (EDSA Epifanio de los Santos Avenue). Mais de dois milhões se concentraram durante dias e o presidente caiu.
- Exemplo 2 : Colônias de formigas.

- O surgimento de sistemas altamente sofisticados a partir de unidades pouco sofisticadas está na base do que é chamado de emergência, ou lei da emergência.

- Bolsas de previsões (prediction markets) pessoas criam moedas fictícias para apostar em eventos futuros, com um índice de acerto superior a 90%. Não funciona para loterias e jogos de azar.

- As bolsas de previsões são baseadas na amplificação do conhecimento e da comunicação entre indivíduos, bem como da sua capacidade de compartilhar entre si o que conhecem.

- Aplicações: sistema de recomendação de livros e músicas da Amazon. Radio virtual Last FM.

Outras fontes e referências:

L’Inteligence colective et sés objects http://www.t0.or.at/levy/plevy.htm

Collective Intelligence, The Invisible Revolution (PDF)

Um comentário:

links disse...

O virtual se difere do real por uma questão de ponto de vista, percepção, mas existe em
essência e efeito embora não seja reconhecido formalmente como tal.